quinta-feira, setembro 08, 2011

Uma Ideia...Uma Diferença

Acreditem..Livros vendem como refrigerantes!
          A saga do empresário que reformou as máquinas de refrigerantes para oferecer literatura de qualidade a R$ 4,99 no metrô de São Paulo. E se deu bem.
Quando o Monitor Group, um dos líderes globais em consultoria estratégica, divulgar sua coletânea internacional 101 Innovations, destacando produtos, modelos de negócios e serviços inovadores do mundo todo, um microempresário paulistano aparecerá como representante do Brasil. 
           Seu nome é Fábio Bueno Netto, e ele é o criador das máquinas de vender livro instaladas em várias estações do metrô de São Paulo.

         Parece, mas não é coisa de jovem idealista. Fábio é médico de formação, tem 47 anos e vasto histórico de empreendedorismo. Boteco na praia, “fábrica” de batatinhas fritas, revenda de peças para caminhões e uma operadora de turismo em Manaus recheiam seu currículo.
        “A culpa é do meu pai, que financiava papel para eu vender pipas quando era moleque”, diz. A ideia da maquininha de vender livro Fábio teve quando trabalhava nas Páginas Amarelas. Ninguém levou a sério e ele batalhou por dois anos e meio para viabilizar tudo sozinho. 
          Até hoje já despejou R$ 600 mil na empresa. A descrição do negócio feita pelo Monitor, na defesa do projeto, é precisa: “Há livros das mais diferentes categorias, incluindo clássicos, dicionários e textos religiosos, muitos deles custando menos de R$ 5 (...). A invenção foi uma adaptação das máquinas de refrigerantes”.
       Chamada 24 X 7 Cultural, a empresa, fundada há oito anos, já opera 21 máquinas e vende 13 mil livros por mês. A maioria para um público excluído das livrarias – o que lhe rende elogios, por exemplo, de Pedro Herz, dono da reputada Livraria Cultura. “Se é um estímulo para alguém comprar livros, por que não apoiar essa ideia?” – indaga. A expectativa de Herz é de que, no longo prazo, a iniciativa ajude a formar leitores. “Tomara que pegue”, diz.
      O projeto de expansão, atrasou por dificuldades no aperfeiçoamento das vending machines, que ficarão mais seguras (houve episódios de arrombamento) e versáteis. Fábio terminou o ano com 400 delas. E, neste ano já chegou a 1.000. A essa altura, se tudo correr bem, terá deixado de ser microempresário, mas não, espera-se inovador. A nova fronteira é a venda de livros com pagamento por meio de cartão de crédito, via telefone. “Vai ser fantástico comprar um presente pelo celular e retirar na máquina”, diz.

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