quinta-feira, julho 21, 2011

Agosto...Mês do desgosto?

A fama de que agosto é um mês de azar não tem nenhuma explicação plausível. Essa parece ser uma daquelas ideias que fazem parte do senso comum de muitas pessoas, que usam os desastres e tragédias ocorridos no oitavo mês do ano, para alimentar tal pensamento. Sobre a origem do nome, o que se sabe é que se trata de uma homenagem dos romanos ao Imperador César Augusto.

As superstições e crendices populares, como a de que agosto é o mês de desgosto, são definidas pelo dicionário como crenças sem base na razão ou no conhecimento, que levam alguém a criar falsas obrigações, temer coisas inocentes, depositar confiança em algo absurdo, sem nenhuma relação racional entre os fatos e as supostas causas a eles associados. É aquilo que as pessoas acreditam de forma sobrenatural ou extraordinária, mesmo sem encontrar apoio em pensamentos religiosos.
São vários tipos de superstições. Alguns deles, até mesmo associados a bichos de estimação. Há quem diga que agosto é o chamado mês de cachorro louco; uma crença popular difundida com tanta ênfase em alguns municípios do País, que muitos deles aproveitam o fato para realizar campanhas de vacinação antirrábica, a fim de que as pessoas não se esqueçam disso.
Esses mitos vão sendo transmitidos de geração a geração, principalmente entre os cidadãos mais humildes, geralmente deixados à margem do conhecimento científico. É um modo de pensar que tende a ser incorporado no dia a dia das pessoas, sendo transformado em hábitos e comportamentos. Acredita-se também que as crendices e superstições sejam, ainda, vestígios de um passado não tão remoto, no qual o ser humano tinha uma visão mágica do mundo, imaginando que diversos fatores sobrenaturais podiam interferir diretamente em seu cotidiano.
Em Portugal, terra das grandes navegações, por exemplo, era um costume as moças evitarem se casar em agosto, porque era nesse mês que os navios partiam à procura de novas descobertas. As futuras esposas, então, temendo a solidão ou viuvez, evitavam marcar casamentos nesse período. A mesma crença foi disseminada pelos colonizadores portugueses que chegaram ao Brasil, em 1500. E tal ideia foi sendo transmitida de pai para filho por muito tempo.
Vários fatos históricos contribuíram para alimentar a má fama em torno do oitavão mês do ano. No século passado, é possível citar o início da Primeira Guerra Mundial (1/8/1914); a explosão da bomba atômica em Hiroshima, no Japão (6/8/1945) e a divisão da Alemanha em duas, com o início da construção do Muro de Berlim (13/8/1961).


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